CANTO D' ALMA

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Um espaço de partilha de nós para vós e que pretende ser de todos nós.

Um local para usufruir e disfrutar da companhia uns dos outros num ambiente perfumado pelo aroma das artes.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"2011 - Que a vossa realidade seja pintada em tons de sonho"


Meus queridos/as,
esta é a hora de todos juntos mostrarmos o Todo que é uma família,
é hora de darmos as mãos e celebrar...
celebrar tudo o quisermos e bem nos apetecer.
Mas sobretudo celebrar este AMOR MAIOR que nos une,
nos conforta e nos aquece.
De celebrarmos a Família, os nossos entes queridos e a saúde de todos.
De almejar tudo quanto de bom possamos imaginar
para nós e para todos... “Tudo e Tudo”.
2010 não tarda em findar.
Esqueçamos,
nem que seja por um breve momento,
tudo o resto que de menos bom aconteceu nas nossas vidas.
Não olhemos nem sequer confiramos qualquer importância aos grunhidos
dos que não têm prazer em ver um sorriso desenhado em nosso rosto.
Façamos nossas, as palavras de uma canção dos Delfins,
ousando adicionar-lhe umas pitadazinhas de Pessoa e um “cheirinho” de Raúl Solnado.
Falemos pois bem alto para nós (para bem dentro de nós)
e para todos quantos fazem o favor de gostar de nós:
“VIVE SELVAGEM E PARA TI SERÁS ALGUÉM”, “AMA(…) VIVE (...) SÊ INTEIRO (...) PÕE TUDO QUANTO ÉS NO MÍNIMO QUE FAZES(...)” E FAZ “ O FAVOR DE SER FELIZ”. Incomensuravelmente, diria eu...
(mas isto.. é com os nervos) :-))
Votos de um Feliz 2011 e q os anjos façam derramar sobre todos os lares, todas as bençãos do céu.
CARPE DIEM!

Neurónio(zinho) :-)


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Que longos dias tenham seus anos"


Aos olhos de todos, mesmo até daqueles que acompanham mais de perto o fenómeno futebolístico, sua existência, afigura-se quase que indissociável da vida do clube do qual é adepto desde que se conhece por gente. Homem de muitas batalhas, com o qual se pode até simpatizar ou nem por isso - como é o caso dos seus adversários – mas a quem, ninguém de bom senso, escamoteia a tenacidade e a inata capacidade de liderança, méritos que o tornaram figura ímpar e incontornável do futebol internacional do último quartel do sec. XX.
Jorge Nuno Pinto da Costa completa completa hoje 73 anos.
Parabéns presidente!...
Que longos dias tenham seus anos.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

"Todos"

Faz por esta "altura" dois anos já
que andávamos, TODOS, como de habitual,
envoltos num delicioso frenesim único...
de modo a que tudo estivesse pronto
para "mais logo" nos podermos sentar, TODOS, mais descansados
afim de nos regalarmos, TODOS, com as batatas e o bacalhau.

- Hoje, nem por isso!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Desabafos e outros sentimentos íngremes"

Julgo não cometer aqui alguma inconfidência, sempre desnecessária.
Dizia, uma amiga minha, por estes dias, postando o seguinte:
« Vou acolher o meu corpo, começa nova semana, o chegar do Natal, para todos que a sentem com alegria um bem-haja!... para mim seguramente a pior semana do ano, descaracterizada de tudo o que me identifica. Somente mantenho a Fé no que acredito existir para além do corpo. Beijo enorme a todos».

- Partilho, inteiramente,desse teu sentimento querida "S". É já o segundo Natal em que "sobrehumanamente" me esforço para acolher no corpo a alegria, o entusiasmo e o júbilo, outrora naturais em mim durante esta quadra sagrada. Descaracterizada, despida de tudo... é assim que ela agora se me apresenta, aos olhos e ao espírito. Somente a fé no que, piamente, acredito existir para além do corpo me faz mover, conferindo assim algum sentido às natalícias manifestações.
Sei que o meu Pai - mais que nunca - continua entre nós, não tenho dúvida alguma quanto a isso. Contudo - e quiçá de um ponto de vista estritamente egoísta - queima em mim a dor dessa impossibilidade física de lhe dar um beijo e um abraço ternamente longo, quase que infinito, dizendo-lhe como era de costume: "Feliz Natal, meu Pai!"

"TrueWings"

TrueWings.
É esse o nome de um lindíssimo e sagrado recanto do céu,
onde não há mal do mundo que nos toque.
Foi lá que fui beber este momento sublime de escrita
que poderão encontrar umas linhas mais abaixo
desta onde me encontro agora.
É Vinicius de Moraes e está tudo dito!!!
Quanto às "TrueWings" vou tentar transcrever fielmente
(assim a memória me ajude)
algo que só tenho por costume dizer
às pessoas verdadeiramente especiais.
É um pequeníssimo trecho de um dos livros da minha vida
e que teve honra de passagem ao mundo do cinema pela mão ímpar
desse mestre da realização que é Clint Eastwood.
O livro dá pelo nome de "As pontes de Madison County"
e o excerto (adaptado) é:
"Pouco mais somos que pequenos grãos de areia cósmica
vagueando na imensão do espaço.
Imensamente feliz e privilegiado me sinto...
por um dia nos termos encontrado".
Obrigado!



"Procura-se um amigo"

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.

Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.

Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.



Vinicius de Moraes


P.S. E em jeito de remate final (à guisa das costureiras) aqui vai:

Huggs & Kissies
(é com 2"guês porque são Xi-corações)

domingo, 19 de dezembro de 2010

"Porque hoje é 18"

Hoje é 18.
Meio ano passou já. Como o tempo voa sobre nós.
Faz seis meses já que o calor do sorriso e o olhar atento de Saramago nos deixaram para sempre. Milhares de pessoas por todo o mundo sentem a sua falta. Por essa razão, um mar de gente anónima (uns mais anónimos que outros) se junta neste dia numa homenagem sentida, celebrando assim a vida do grande escritor. Gente anónima essa - grupo do qual mui honradamente sou parte integrante - que faz questão de jamais o esquecer.
E como é de gente anónima que se fazem países e se constrói o mundo,
resolvi postar aqui, em jeito de homenagem a José Saramago, um texto intitulado "Um brinde", da autoria de Vânia Baptista, uma companheira destas andanças das "bloguices", cujo blog tive a imensa felicidade de encontrar e do qual gostei imenso.
Hoje é 18.
Hoje é dia de Saramago.
Hoje é dia de erguermos o copo e brindarmos à sua passagem pelas nossas vidas... e que tanto nos enriqueceu.
Um imenso obrigado por tudo quanto nos deu Sr, José Saramago.


"Um brinde"
Cinco meses passaram
Desde que partiste.
Por isso hoje te brindamos.
Brindemos pois,
E se me é dada a honra
Brindemos,
Caro Saramago, a nós dois
Cujo escorpiónico signo
Não permite
tréguas em tempo de guerra.
Um brinde
À sua passagem e ao meu nascimento,
Que os astros me deram
Tal fortuna:
Nascer entre Saramago e Eça
Os meus escritores de eleição!
Sob o signo das letras nasci
Por isso, com elas,
Hoje lhe faço um brinde.
E na secretária, por entre livros e panfletos,
Um café bem português,
Tal como faziam
Ricardo Reis e Fernando Pessoa.


Vânia Edite Vieira Baptista

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Terror de Te Amar"

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.

Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.

Para ti eu criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.

Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Obra Poética”
Uma homenagem a essa celestial dádiva dos céus: a Liberdade...
mesmo quando ela é em nós fonte de dor.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Amizade, Friendship, Amitié..."

Lindíssima demonstração desse amor maior
ao qual apelidamos de Amizade.
Um verdadeiro hino a esse sentimento maior.
Belíssima homenagem ao mui amado "King Mercury". Eterna saudade.
Contigo aí, o céu ficou bem mais rico Freddie... e nós muito mais pobres.
Thank you very much for all you did and gave to us, my dear friend.

Carlos Pinto Coelho - qual o livro da sua vida

"O Amor é o Amor"

O amor é o amor — e depois?!
Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?...

O meu peito contra o teu peito,
cortando o mar, cortando o ar.
Num leito
há todo o espaço para amar!

Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor
e trocamos — somos um? somos dois?
espírito e calor!

O amor é o amor — e depois?

Alexandre O'Neill, in 'Abandono Vigiado'

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Carlos Pinto Coelho - o Sr. Acontece

Desaparece de entre nós mais um ser especial.
Carlos Pinto Coelho de seu nome.
Um homem das artes mas sobretudo um amante e acérrimo defensor dessa grande pátria: a Lusofonia. Um ser íntegro, dono de uma dignidade e competência profissional ímpar, como poucos.
Talvez por sua luz brilhar tanto, tão forte
e por não o conseguirem "dobrar"
é que o afastaram dos ecrãs sob o falacioso argumento
dos custos para o erário público. Hipócritas.Pulhas.Parasitas.
Mudam as cores, até os baldes mas o conteúdo é sempre mais do mesmo
(e fiquemos por aqui).
Carlos Pinto Coelho, nascido a 18 de Abril de 1944,
mais que um jornalista, professor, fotógrafo, escritor,
Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (2000) e oficial da Ordre des Arts et des Lettres (2009),era homem da Televisão e da Rádio,
um vulto da comunicação mas acima de tudo um divulgador de cultura.
Desaparece, fisicamente, de entre nós aos 66 anos,
não resistindo a um ataque cardíaco,
fazendo uma das coisas que mais adorava:
trabalhar na sua querida e muito amada televisão.
Preparava um novo programa com base em entrevistas a figuras públicas.
Segundo fonte da RTP, sentiu-se mal durante a fatídica tarde de 15 de Dezembro enquanto conduzia uma entrevista.
Assistido, prontamente, pelo INEM deu entrada no hospital de S. José de onde foi transferido para o hospital de Stª. Marta, em Lisboa, onde foi operado de urgência depois de ter sofrido uma ruptura na artéria aorta, acabando por falecer
Para além do seu contributo notável ao jornalismo, onde recebeu vários prémios ao longo da sua carreira, Carlos Pinto Coelho publicou ainda vários livros. O primeiro foi "A Meu Ver", em 1992, de seguida surgiu o "De Tanto Olhar", em 2002, e pouco anos depois escreveu "Assim Acontece - 30 Entrevistas Sobre Tudo... E o Resto", em 2007.
Que as gerações vindouras saibam preservar sua memória
e aprender com seu exemplo.
À familia enlutada as mais sentidas condolências.


Morreu o jornalista Carlos Pinto Coelho - RTP Noticias, Vídeo

País - Carlos Pinto Coelho morreu de ataque cardíaco - RTP Noticias, Vídeo

Carlos Pinto Coelho na última entrevista à RTP - RTP Noticias, Vídeo

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Pequeno momento de boa disposição

Um pequeno momento de boa disposição

Sissel Kyrkjebo O Sole Mio with funny violinist Kalle Moraeus

"Quem sabe... faz ao vivo!" 2

Estava para aqui de volta do baú e eis senão quando...(puuummm)
mais uma pérola para nosso deleite. Saboreie-se.

Neil Diamond - September morn

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

"A Amizade... é um Amor Maior"



recados, mensagens, imagens e frases de amigos sempre

Fadinha

Há até quem não acredite em Fadas... mas eu conheço uma!
E muito grato aos céus fico por a ter conhecido.
Beijinho do tamanho do mundo.

Fadinha Minha
imagens de anjos para orkut

"Com os olhos do coração"



imagens de anjos para orkut


Fecha os olhos,
deixa que o Amor desça sobre ti
e vê apenas com o coração.
Assim como que por artes mágicas
surgirão na tua frente outros anjos, teus semelhantes.
Na maior parte das vezes
eles encontram-se invisíveis (a olho nú).

sábado, 11 de dezembro de 2010

102


Parabéns jovem Manuel, permita-me a ousadia de o tratar assim.
Obrigado por tudo quanto nos tem dado e pelo belo exemplo que é para todos nós. Assim tenhamos forças para podermos seguir seus passos.
Bem haja. Votos de longos e frutuosos anos.


«Hoje a liberdade é tida como um direito absoluto. Mas não há liberdade absoluta. A liberdade não é sequer um direito. A liberdade é um dever, um dever fortíssimo. A liberdade é o respeito pelo próximo. O Espinoza dizia: nós supomo-nos livres porque ignoramos as forças que impedem os nossos actos. De maneira que há forças que nos são estranhas, não somos nós. Eu sinto-me um joguete, uma marioneta. Sou conduzido por forças que ignoro. Eu sinto isso, eu pressinto isso.»

Manoel de Oliveira (que faz hoje 102 anos!)

"O amor fino não busca causa nem fruto" - Padre Antº Vieira

O amor fino não busca causa nem fruto.
Se amo, porque me amam, tem o amor causa;
se amo, para que me amem, tem fruto:
e amor fino não há-de ter porquê nem para quê.
Se amo, porque me amam, é obrigação, faço o que devo:
se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo.
Pois como há-de amar o amor para ser fino?
Amo, quia amo; amo, ut amem:
amo, porque amo, e amo para amar.
Quem ama porque o amam é agradecido.
quem ama, para que o amem, é interesseiro:
quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, só esse é fino.


Padre António Vieira



P.S. E é desta forma, aparentemente simples,
que se indica como trilhar o caminho da Luz
e se faz quedar mudos os iluminados amantes da douta sapiência,
insigne artíficie, mestra em reduzir tudo a pouco mais
que à mera abjecta materialidade das coisas.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Segundo livro das "Histórias de Ajudaris" já está nas bancas

O segundo livro das "Histórias de Ajudaris" já está nas bancas.
É fazer o favor de comprar. São 5€ muitíssimo bem empregues.
País - Segundo livro das "Histórias de Ajudaris" já está nas bancas - RTP Noticias, Vídeo

"Suzuki, o japonês" :-)

Comecemos o dia com uma pontinha de humor para ver se conseguimos fazer frente a mais um dia e ao quotidiano mundo que abruptamente se nos impõe e nos entra pela porta dentro.
Perdoem algum português vernáculo que irão encontrar mas a sua presença é inevitável.
A todos votos de um bom dia, pleno de boa disposição.
Hugs & Kissies

No primeiro dia de aulas, numa escola secundária dos EUA, a professora apresentou aos alunos um novo colega, Sakiro Suzuki, vindo do Japão.
A aula começa e a professora diz:
Vamos ver quem conhece a história americana.
- Quem disse: 'Dê-me a liberdade ou a morte?
... ... ... (Silêncio total na sala).
Apenas Suzuki levanta a mão:- Patrick Henry em 1775, em Filadélfia.
- Muito bem, Suzuki !
E quem disse: O estado é o povo, e o povo não pode afundar-se ?
Suzuki levanta a mão: - Abraham Lincoln, em 1863, em Washington.
A professora olha os alunos e diz:
- Não têm vergonha? Suzuki é japonês e sabe mais sobre a história que vocês!
Então, ouve-se uma voz baixinha, lá ao fundo: japonês filho da puta!
- Quem foi? - grita a professora.
Suzuki levanta a mão e, sem esperar, responde:
- General McArthur, em 1941, em Pearl Halbour.
A turma fica super silenciosa... e apenas se ouve do fundo da sala:
- Acho que vou vomitar.
A professora grita: - Quem foi?
E Suzuki:
- George Bush Sênior, ao Primeiro-Ministro Tanaka, durante um almoço em Tóquio, em 1991.
Um dos alunos, já furioso : -Chupa o meu pau!
E a professora, irritada: - Acabou-se! Quem foi agora?
E Suzuki, sem hesitações:
- Bill Clinton à Mônica Lewinsky, na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, em 1997.
Um outro aluno lança lá do fundo: - Suzuki de merda!
E Suzuki responde: - Valentino Rossi, no Grande Prêmio de Moto de velocidade, no Rio de Janeiro, em 2002.
A turma fica histérica, a professora desmaia, a porta abre-se e entra o director, que diz: - Que merda é essa? Nunca vi uma confusão deste tamanho!
E Suzuki, responde bem alto:

- Mariano Gago para José Sócrates (primeiro-ministro de Portugal) em 2007, após ter recebido relatório da inspecção feita à Universidade Independente.

EH!EH!EH!

"Porque outrora..."

Porque outrora já tive pressa
hoje ando devagar
saboreando cada centímetro do caminho
cada minuto da jornada.

Porque outrora já tive pressa
percorri quilómetros e quilómetros sem fim
sem dar a devida atenção
aos montes, rios e vales por onde vim.

Porque outrora já tive pressa,
hoje ando devagar
para deleite dos olhos meus
e da alma que eles alimentam.

Outrora já tive pressa...
hoje não.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Hoje"

Hoje,
nem o vento, nem o vôo dos pássaros
nem o perfume das flores chega aqui,
Nem o Sol, lá no alto, ilumina da mesma forma
como em todos os outros dias.

Hoje,
tudo é devorado pela dor da ausência
e pela magestosidade dos mais nobres sentimentos
que me queima no peito, dilacerando-me a alma.

Hoje,
a quotidiana vida é ali, um pouco mais ao lado.
Aqui reina apenas o Sentir, o respirar e pouco mais.
Tudo resto fica para amanhã
porque hoje não faz sentido aqui.

Hoje,
poderia ser mais um dia como outro qualquer mas não é...

Hoje,
é oito de Dezembro...
e o mundo lá de fora não cabe aqui.



(Embora seja extensível a cada um de nós e aos nossos dias difíceis este textinho é especialmente dedicado à "Maggiezinha" Vicente e aos seus "oitos de Dezembro". Beijinho do tamanho do mundo).

sábado, 4 de dezembro de 2010

"Porque quem sabe... faz ao vivo!" 1

Carissimos/as,
tem inicio, neste nosso cantinho, um novo espaço: "Porque quem sabe... faz ao vivo!"
E para o inaugurar, no meio de milhares de possibilidades
verdadeiramente fantásticas e especiais, resolvi escolher
três sublimes temas que dispensam qualquer tipo de apresentação.
Escusado será dizer que à semelhança do nosso blog
este espaço também se encontra aberto à participação de todos.
Basta que enviem as vossas sugestões via "livro de honra" do blog(mural),"comentário" indicando o mail por forma a eu responder de volta.
Como sempre, a privacidade de moradas de mail e identidades serão sempre salvaguardadas.
Bom por agora é tudo. É hora de disfrutar saboreando sem pressas.
Façam o favor de tentar ser felizes. Carpe Diem

Neurónio



Queen


Roupa Nova


Scorpions

"As mulheres quando querem conseguem tudo"

Dando largas ao meu sentido de humor "corrosivo" (tb o tenho)
e em jeito de "pica miolos" transcrevo aqui um texto de Rui Zink,
ao qual achei imensa piada e cujo título é:
"As mulheres quando querem conseguem tudo".
Disfrutem eh!eh!eh!
...
«Disse ela: As mulheres quando querem conseguem tudo. Tudo.Assentiu ele: Sim…
Disse ela: As mulheres são uma força, uma energia.Admitiu ele: Sim…
Disse ela: As mulheres, quando se convencem disso, são capazes. Capazes.E ele: Sim…
Prosseguiu ela: Capazes de tudo. Não há nada que não consigam.E ele: Sim…
E ela: São fantásticas, as mulheres. Diz-me, tu que tens a mania de pôr defeitos em tudo, haverá alguma coisa que uma mulher não consiga?
E ele, muito baixinho: Fazer um homem feliz?… »

"Por vezes"

Por vezes, muitas vezes, evado-me do mundo.
Por vezes é-me por demais impossível
suportar a pequenez dos actos,
a mesquinhez da mentalidade de certas pessoas
e até do mundo.
Provavelmente até será uma limitação minha,
não tenho problema algum em reconhcê-lo.
Porém momentos há que não suporto,
até me chega a faltar o ar.
Assim lá vou eu...
seja ele um café, um chá, uma música
e/ou um pensamento fruto de um olhar perdido,
tudo é um pretexto válido para me evadir.
E assim lá vou eu... Via Láctea fora
e em grande velocidade,
quantas vezes sem vontade alguma de regressar.
Pode ser que um dia destes não volte mesmo
e fique apenas o corpo por cá,
apenas e só para dar sinal
que um dia passei por aqui.

Subtrair-me ao mundo é,
cada vez mais, o meu desporto favorito.
É saudável e mantém a mente sã :-)

"Talvez um dia"

Talvez um dia
te lembres que tiveste alguém ao teu lado
que só queria ver-te sorrir
sem nada mais pedir em troca.

Talvez um dia,
ao entardecer sintas frio
e te dês conta que te falta alguém
para te abraçar e te sussurrar baixinho ao ouvido
um suave, doce e terno beijo
simplesmente para te dizer: - Estou aqui.

Talvez um dia,
especialmente nos dias tristes,
não quererás ouvir música
especialmente aquelas que te trazem os dias idos
de felicidade ou apenas de mero contentamento.

Talvez um dia,
pararás e perguntar-te-às
"porque é que o para sempre já não existe mais?".
Estou certo que - inteligente como és - depressa concluirás
que foi o ciúme doentio que - qual vento funesto -
tudo levou e destruiu.

Talvez um dia
acordes para esta realidade
e te darás conta que o ressentimento não tem razão de existir
e o que tem verdadeiramente significado
é guardar no peito os lindos quadros que juntos pintámos...
e tudo quanto é bom de guardar.

Talvez um dia
mas infelizmente...
esse dia já será tarde demais...
para nós.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um "toque" sexy para descontrair

Algo para quebrar um pouco a melancolia reinante dos últimos dias.
Suave porém muito "cool & with a lots of style". Enjoy it.

«Quando a Saudade não cabe no peito... transborda nos olhos»

...
... ...
... ... ...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

António Pinho Vargas - Dança Dos Pássaros

É bom, muito bom. É português e tem chancela António Pinho Vargas.
E como tudo o que é bom e belo é intemporal,
aqui está para nosso deleite.
Sem mais palavras!

domingo, 21 de novembro de 2010

"Adagio" - Secret Garden

Ora aí está um nome a reter no panorama musical: Secret Garden

"A noite em que Lisboa foi maior que o mundo"

Este é um vídeo que serve de testemunho para as gerações vindouras
sobre a noite em que Lisboa foi maior que o mundo.
Em breves minutos faz-nos o relato dessa mágica atmosfera que se viveu naquela noite, permitindo-nos assim comungar desse sentimento nobre e puro que nos une e fez juntar umas centenas de pessoas, gente anónima, muitas delas que não se conheciam de parte alguma, apenas e só para render uma mui justa homenagem a um homem bom que tinha um coração sem limites.
Comovente e enternecedor. Belíssima criação. Parabéns ao Autor.

O Adeus, ao Sr. do ADEUS from João Nunes on Vimeo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Charles Bukowski

Eis um pouco de poesia na língua mater de Sua Magestade a raínha de Inglaterra.
"Style" por Charles Bukowski. Fabuloso.

Simplesmente Belo

Impossível deixar de partilhar isto com aqueles a quem se quer bem.

Landscapes: Volume One from dustin farrell on Vimeo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Lágrimas... nem sempre são sinónimo de dor"


MEL
imagens de anjos para orkut


Hoje é dia de uma imensa comoção.
Nem sempre lágrimas são sinónimo de dor.
Também podem ser sinónimo de imensa alegria e felicidade.
É precisamente essa a situação.
Alto e bom som... e de viva voz,
Mel veio anunciar hoje a sua chegada ao mundo.
Mel, como é linda a forma de ser chamada.
Seu nome é, quanto a mim, segura e merecidamente,
uma mui justíssima homenagem ao intemporal e profundo amor,
do qual é fruto, e que une esses dois seres fantásticos que são os seus pais.
É exactamente isso que vocês são meninos, quer no singular quer no plural: Mel.
Perdoe-se-me o atrevimento mas associo-me por inteiro à vossa esfusiante alegria mesmo estando a milhares de quilómetros de distância.
Não é isso que me fará estar mais longe de vós, bem pelo contrário.
Que os anjos façam derramar todas as bençãos dos céus
por cima do vosso lar, é o que vos desejo.
E quanto a ti Mel, minha querida, qualquer dia destes vemo-nos por aí,
perto de um fogareirozinho qualquer repleto de "gauchichas"
para ti e para a tua mana.

Recebe um beijinho imenso no teu coração,
deste teu "tio" que muito te ama.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Para o nosso amigo João

O homem do Saldanha,
o João Manuel Serra
ou, simplesmente, como tanta gente o conhecia,
o nosso amigo "Sr. do Adeus".

“Lisboa e o mundo perdem mais uma das suas pequenas luzes!”



11 de Novembro de 2010:
Um sonhador tem honras de destaque nas televisões, rádios e internet.
11 de Novembro de 2010.
A vida queima...
e teima, de quando em vez, em escoicear-nos
com a evidência da materialidade e a natural finitude dos corpos
fazendo-nos assim retornar, abruptamente,
à crueldade intrínseca da realidade.
Ele há figuras míticas, personagens intemporais
que pensamos que nunca desaparecem ou desaparecerão.
João era uma delas.
João Manuel Serra, o “Sr. do Adeus”, cinéfilo e alguém que acreditava que um sorriso e um aceno ajudavam a melhorar o mundo, num gesto de simpatia e amor ao próximo, faleceu.
Muitos mitos houve acerca dele, no entanto, na realidade era só um homem que queria espalhar pedacinhos de felicidade e humanismo por onde passava. O Saldanha, Lisboa e o mundo ficam mais pobres e mais tristes com a partida deste senhor. Há quem diga que na realidade ele era apenas um homem, mais um, que se encontrou muito sozinho depois do falecimento da mãe e não encontrando companhia na família que lhe restava, descobriu nas ruas o calor humano que lhe fazia falta. Seguramente, era talvez o mais optimista de todos os lisboetas - acreditava que um aceno podia fazer a diferença.
Uma coisa é certa, sua manifestação de generosidade jamais foi em vão, mesmo quando alguns o apelidavam de maluco. Com um humilde e simples gesto, gratuitamente e sem pedir nada em troca, fazia nascer sorrisos e aquecer o coração e a alma de quem por ele passava, ao ponto de se tornar parte da vida de tantos de nós, como o comprova este sentimento de grande perca que nos une.
João Manuel Serra - que tanto nos dava sem nada pedir - era seu nome... mas fica para eternidade como o “Sr. do Adeus”. Saldanha, Restelo ou outro qualquer ponto de Lisboa; os lugares onde acenava, assim como o espaço em nossa memória pertencem-lhe por completo.
João era seu nome e dizia adeus como ninguém.
Até sempre, senhor do gesto bonito.

Bastas vezes o via e cumprimentava no Corte Inglês quando nos cruzávamos à hora do jantar, para nos "revermos" um pouco mais tarde no Saldanha. Era um amigo que estava ali, à distância de simples aceno, ora no Restelo ora no Saldanha... e que nos respondia sempre com um imenso sorriso quando lhe devolvíamos o gesto, aquecendo-nos a alma. Sinto-me, de facto, muito mais pobre com esta triste notícia do seu desaparecimento.
Uma tristeza imensa me consome
por não lhe poder dizer adeus mais uma vez...
e outra, e outra, e outra...
Tenho pena de,fisicamente, estar tão longe. Contudo não deixarei de me associar ao evento. Se ouvirem falar de um maluco em Paris a acenar para os automóveis que passam, serei eu, certamente.
Já agora, a quem for ao Saldanha, façam o favor de lhe dizer adeus por mim :-( Obrigado.
P.S. Este texto, colectânea de comentários, é como que uma pequena manta de retalhos que conta com a prestimosa ajuda de alguns dos posts colocados na página de homena-gem ao “Senhor do Adeus” no facebook e uma pinceladazita minha, aqui e acolá. A todos os autores, obrigado. Obrigado pelos seus textos e sobretudo pelo facto de acreditarem que Sonhar, Ser livre e trilhar o caminho da Luz e do Bem é possível e necessário. Obrigado do fundo do coração.
Que o gesto do nosso amigo jamais tenha sido em vão.
Paz eterna à sua alma.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Apenas e só... porque o que é belo deve ser partilhado.

Apenas e só porque o que é belo deve ser partilhado.
(Uma boa forma de iniciar aqui,no nosso cantinho da net,o "outoneiro" mês de Novembro. Para se ouvir e saborear tranquilamente,num dia de chuva por dentro dos lençóis)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Rose garden"

Rose garden,
esfera celestial,
estádio superior de existência
onde a realidade é pintada em tons de sonho.
Sinfonia das sinfonias.
Nele se cruzam a beleza das flores,
o canto refrescantemente doce das àguas
e o chilrear dos pássaros que povoam a mágica atmosfera.
Rose garden
é tudo isto,
e tudo mais que não sei dizer.
(parafraseando o poeta)

Rpt

Rpt

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

4

4

3

3

5 de Outubro

Neste dia três palavras se impõem: VIVA A REPÚBLICA!!!
Terá sido assim em 1910, muito provavelmente, que do varandim principal dos paços do concelho, em Lisboa, alguém terá dito de viva voz e pulmões cheios para entoar bem alto o feito político então alcançado.
Com todas as virtudes e defeitos que se lhe poderá apontar, a jovem República Portuguesa comemora hoje o seu primeiro centenário.
Porém, na sua maioria, os ideais que guindaram os seus obreiros - como os de todas as outras revoluções que tiveram lugar na mui amada Lusitana Pátria - continuam por cumprir. O país continua envolto no problema da dívida ao estrangeiro; nas dificuldades em encontrar gente séria devota da cousa pública e não do seu bolso e o dos amigos; nos problemas sociais que são mais que muitos, os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, enfim continua a pobreza franciscana em termos de mentalidade da nossa dita elite,vulgo classe de dirigente. Continuam-nos a vender às postas e ao desbarato aos interesses estrangeiros instalados, a troco de meia dúzia de benesses para meia-dúzia de iluminados... e o povo lá continua alegremente a fazer esforços sobrehumanos para pagar a factura e a dizer: yes man, yes man.
Mas que raio de república é esta onde os subjugados de sempre continuam, sem nada fazer, à espera da milagrosa chegada de uma alta figura da nobreza, el-rei D.Sebastião, para terminar com todas as injustiças e roubos de que continuamente têm sido alvo... e ainda hoje o são.
Pobre pátria esta.
Pela parte que me toca, por forma a fugir à enraízada contradição, como republicano que me orgulho de ser, esperar por esperar, prefiro esperar pela chegada da Sra. Brites de Almeida. Quanto mais não seja na esperança de, ao chegar, ela presentear com umas valentes “padeiradas” esta matilha de biltres que desde há 35 anos, tentando afogar os ideais de Abril, nos sugam o sangue e o suor do nosso trabalho, levando o país ao estado calamitoso em que se encontra actualmente.
VIVA A REPÚBLICA!!! VIVA A REPÚBLICA!!! VIVA A REPÚBLICA!!!

P.S. Associada a um voto de coragem e de confiança nas suas capacidades e inteligência, uma lembrança muito especial, neste seu dia mundial, para os professores, esses heróis anónimos do quotidiano que para além da tarefa hercúlea de terem de lidar com os alunos e seus respectivos pais ainda têm de aturar a arrogância, a ignorância e a incompetência dos jaquetantes senhores/as de fatinho, armados em doutoures, que proliferam no ministério da educação, qual manto de erva daninha em campo de cultivo.

Ao meu Tio Sebastião

Ao meu Tio Sebastião,
um Homem de “H” grande, de enorme carácter e espírito de sacrifício cuja vida não lhe foi fácil obrigando-o mesmo a dar provas da capacidade de superação humana em momentos da vida que podemos designar por madrasta.
A cada episódio, sabe-se lá com que dificuldade e com que energias, conseguiu sempre renascer das cinzas mantendo viva a chama dos valores da família.
Criou uma filha que era a luz dos seus olhos e que hoje é a grande mulher que todos conhecemos e adoramos. Foi pai e mãe apesar de todas as dificuldades inerentes a um homem perante tão hercúlea tarefa. Poderá até ter tido necessidade de aqui ou acolá de levar o joelho ao chão por forma encaixar os coices da vida e retemperar forças para depois se reerguer e retomar o caminho mas jamais virou a cara à luta e se deu antecipadamente por vencido.
Ao fim de sete décadas, muito a contragosto, com o tanto que ainda tínhamos para conversar e eu tanto ainda para aprender com ele, acompanhei-o à sua última morada em 11 de Setembro último.
Paz à sua alma em seu eterno descanso.
Estou certo que o meu pai estaria às portas do céu de braços abertos a recebê-lo para mais uma das fraternas cavaqueiras em que se deleitavam nas solarengas tardes, dos agradáveis fins de semana em família, às quais, extasiado, assistia por alturas da minha infância e que ainda hoje me habitam.
Saudade eterna em nossos corações.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Keith Jarrett Köln Concert - Part 1 1 / 3

This is perhaps "The Concert". A little excert from a masterpiece.
Verdadeiro alimento para a alma.

" Amar é... um hino à Liberdade!"

Quando se ama é-se inteira e completamente livre.
Não se possui ninguém nem ninguém nos possui.
Temos apenas e só AMOR
por determinado ente que nos preenche.
Daí a arrojada ousadia em afirmar
que segundo a minha perspectiva,
Amar é o mais puro
e intensamente belo hino à Liberdade!
É essa ausência de nós,
essa desenfreada e desmesurada entrega total
no outro e em prol do outro...
(desprovida de qualquer sentimento de retorno)
que nos confere uma transcendência tal
ao ponto da lei da morte nos libertar.
No Amor não há amarras... há elos.

"Porque em ti deixei tanto de mim"

Porque em ti,
alegre e voluntária,
desmesurada e desenfreadamente,
entreguei tanto de mim.
Porque em ti
(sem nada esperar ou querer em troca)
deixei tanto de mim...
Talvez sejam essas as razões primeiras
pelas quais ainda hoje no íntimo te trago,
e ao nosso amor, quente - acabado de fazer -
que me habita o peito,
dele fazendo meu estandarte,
dele sendo seu fiel guardião.

E ao contrário de ti, não te guardo rancor algum.

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Há-de ter havido um tempo..."

Seguramente, há-de ter havido um tempo
onde nos amámos
e fomos inteiros e unos com o cosmos.
Não pode ser do nada ou à toa
que me invade este desejo intenso
de ser do teu corpo
e entregar-me nele como se não houvera amanhã.
Há-de ter havido um tempo.
Não pode ser do nada ou à toa
este impacto que tens sobre mim
e o desejo que me invade e me preenche
de ter a tua pele colada na minha.
Como é possível ainda sentir o teu calor.
Como é possível o desejo tão profundo
de um corpo que ainda não amámos
mas do qual temos a certeza absoluta
ser perfeito para nós
numa sede inigualável de sonho
como que de uma forma de a ele retornar se tratasse.
Seguramente, há-de ter havido um tempo,
pois, a avaliar pela tua linguagem corporal,
também sentes em ti o impacto da mesma situação
com a mesma intensidade e profundidade.
Seguramente, há-de ter havido um tempo.
Estou certo...
ou pelo menos quero estar.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"SONHO"

Sonho.
...
Mais que uma louca e insaciável vontade
de ser, ter, querer, tocar e sentir...
a união dos corpos se apresenta,
clara e distintamente
como uma forma de a ele retornar
e de nos fundirmos com o universo.
Porém só o alcança
quem verdadeiramente ama.

(Mesmo que tenha sido apenas
não mais que uma mera ilusão)

“Todas as palavras de Amor são de veludo”

Todas as palavras de Amor
são de veludo
mesmo as de dor,
especialmente as de dor...
que são bordadas em diamante de Lágrima
e tecidas em ouro de Dor.

Todas as palavras de Amor são de veludo
mesmo as de quem sofre de Amor,
especialmente as de quem sofre por Amor.


(inspirado algures em Pessoa)

"É na noite"

É na noite,
no silêncio que a preenche e compõe
que me perco
para me encontrar.
É na noite
que me busco
que te busco
e me encontro.
É na noite,
na imensidão de seu (aparente) vazio
que flutuo, me abandono
e nos encontro.

(Certo que até pode ser vã
mas a cada ida,torna-se por demais evidente,
a crescente a vontade que me invade de ir...
e ao mundo jamais retornar)

domingo, 18 de julho de 2010

"Hoje, Pai"

Hoje,
como algumas outras vezes,
seria mais um dia
em que o senhor iria certamente querer passar incógnito
e fazer uma traquinice das suas.
Lá seria preciso, conversando bem devagarinho,
como quem "canta a canção do bandido",
convencê-lo a vir para a mesa...
para assim lhe podermos cantar os parabéns.
Seriam 65.

Hoje,
infelizmente para nós,
não foi preciso ir buscá-lo ao quarto
e convencê-lo a vir sentar-se à mesa para estarmos todos juntos.

Hoje,
embora em mesas diferentes,
e de certo modo espalhadas um pouco por esse mundo,
estivemos todos juntos, unidos em si,
a celebrar o seu nascimento,
embora com uma marota lágrima
que teimava em escapar pelo canto do olho.

Hoje,
a matéria celebrou o espírito
e desta forma não deixamos de assinalar a sua presença em nós.
Lá para o alto de onde nos vê e vela por nós
um mui sentido beijo imensamente repleto de saudades.
Sabemos que está bem
e de certa forma congratulamo-nos com essa situação.
Mas mesmo estando certos disso
é-nos demasiado dificil mitigar a nossa dor face ao seu desaparecimento
e a falta que o calor do seu olhar nos faz.

Mas temos de entender que a vida assim é
e portanto como o senhor diria:
“Toca a arregaçar as mangas e pôr mãos à obra”; “ Moínho parado não ganha maquia”.
Há que levar a vida para a frente
embora por vezes a vontade seja pouca ou mesmo nenhuma.
Obrigado por todos os ensinamentos, meu Pai.
Beijinho grande e até já.

domingo, 4 de julho de 2010

CONTRALUZ - Trailer 1 com mensagem de António Feio

Meus queridos(as),
impossível para mim seria não partilhar este momento de rara beleza emocional e profunda intensidade. Façam o favor de o divulgar até à exaustão por forma a contribuirmos para erradicar a mesquinhez de certas bafientas mentalidades que por aí pululam, tornando assim o mundo num lugar mais belo e mais saudável de se viver e aprazível para se respirar.
Aos meus olhos a mensagem deste clip pareceu, sinceramente, a versão em palavras do sec.XXI de algo que já foi dito à cerca de dois milénios atrás, por alguém que nos é muito próximo ou pelo menos deveria de o ser (isto digo eu com os nervos...):
- "(...)Trago-vos a boa nova. Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei(...)".
À primeira vista, pode até parecer quiçá que me encontro debaixo de um qualquer estado de delírio ou até parecer-vos que a expressão se encontra demasiado gasta, por ser tão antiga.
Porém, infelizmente, talvez como nunca, a expressão se reveste de uma actualidade quase que atroz. Atente-se ao seu impacto no nosso peito no final da visualização deste trailer. Façam o favor de divulgar o precioso aroma de cariz humano do qual ele se reveste e não abram mão de algo verdadeiramente essencial:
- Façam o favor de ser felizes... fazendo os outros felizes, sempre que possível.
Carpe Diem.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

"Ciclos"

Ele há ciclos, biciclos, triciclos... e por aí a fora.
Para todos os gostos e feitios :-D
Tal qual o da Lua, hoje começa mais um (07:30).
Aguardemos que seja fértil.
Carpe Diem.

"O homem mais rico do mundo"

Sou eu!!!
Pode até haver igual... mas maior duvido!
Não que proventura fosse algo que já não sentisse
mas o presente tem-no reafirmado de uma forma intensa e inequívoca.
As últimas semanas têm sido prova cabal disso mesmo.
Sinto-me priviligiadíssimo por ultimamente ter podido usufruir
desse aroma a vida
que é a presença de algumas pessoas ultra-especiais
a quem muito estimo, muito amo
e poder assim sentir, bem dentro e bem fundo,
toda a panóplia de emoçes e sentimentos que tenho experienciado.
Um belíssimo exemplo foi este fim-de-semana que agora passou.
Dei por mim como que a viajar no tempo
revisitando, por inúmeras vezes ao longo do dia,
os tantos e tão ricos momentos vividos enquanto infante
com a casa repleta desse mágico aroma a alegria e comunhão
que é o da família toda reunida: Pais, avós, tios, primos, vizinhos...
nessa tão prosaica e simples atitude de se darem
uns aos outros,
uns nos outros,
de se partilharem
e usufruirem
desse tão fértil maná
que é a companhia do outro.
Ele era o Natal, a Páscoa, o aniversário de alguém
e quando não eram esses os motivos da festa,
era a razão 1ª para todas festas:
O Celebrar, tão simplesmente,
a possibilidade que a vida nos conferia
de estarmos juntos e perto
daqueles que amamos e fazem o favor de nos amar.
E sob a perspectiva do "metro mal medido" que outrora tive,
com os olhos da criança que fui
dei por mim a olhar para o meu Pai
e a recordar o imenso e luzídio sorriso que se lhe desenhava no rosto,
aquando destes eventos - do qual na altura não alcançava
sua total profundidade e verdadeira dimensão.
Meu Pai, todo ele, transbordava de luz
e dessa abstrata emoção que é a felicidade.
Este fim de semana, talvez por essa razão,
mais forte que nunca, senti a presença dele junto de mim.
Imaginei o quanto ele não iria sentir-se radiante e feliz
por, fisicamente, usufruir daquele belíssimo quadro
que as suas sobrinhas e sobrinhos tão bem souberam pintar.
Dei por mim, bastas vezes, a desenhar-se em meu rosto
o mesmo sorriso mágico do meu pai...
e por momentos... senti-me um Homem.

O amar, o sentir-se amado e benvindo são emoções singulares,
de tão inenarrável que é a sua natureza
e a forma como nos aquece o peito.




P.S. Todos quantos conhecem a minha maneira de ser e de estar
sabem que, no dia-a-dia, estendo estas minhas palavras
a todos os habitantes do planeta, porém hoje são
mais específica e particularmente dirigidas.
Pode até afigurar-se como um pedido meio egoísta/narcisista,
porém peço desculpa se ofendo alguém com as minhas palavras...
mas é o que eu sinto:
- Que Deus ilumine e abençoe os passos daqueles que me elegem alvo de seu afecto,
muito especialmente, a minha família - quer a de sangue (a que os meus pais me deram) quer a de coração (aquela que eu construí).
Amén!!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

“Ainda Saramago”

Uma lágrima cai
pela morte de um homem
sob uma chuva de flores.
É assim que no último dia da primavera, em Lisboa,
a humanidade de se despediu da carme
dessa figura insigne da literatura mundial
que foi, é e será... José Saramago,
português convicto e cidadão do mundo.
Artífice da palavra,
voz do povo, dos que trabalham e sofrem,
consciência incómoda
desses exímios especialistas na arte da feira das vaidades
que insistem em viver, qual sanguinários parasitas,
dessa classe “menor”
que pressiste nessa mundana superior virtude
que é viver do suor e do esforço do seu trabalho.

Eram 16:00 de mais um dia da história da humanidade...
mas há dias que nos marcam para sempre.
Sob a bandeira portuguesa,
um corpo ruma à eternidade
envolto num mar de palmas,
em jeito de agradecimento e louvor,
com que os anónimos e não anónimos
o saúdam à sua passagem.

Das milhentas declarações expressas esta tarde, retenho uma
provida de palavras
que não constam do diccionário intelectual
do senhor presidente da República Portuguesa.
Trata-se de uma senhora espanhola,profundamente emocionada, que tem esta afirmação espontânea espantosa:
- Obrigado a Portugal por nos ter dado, ao mundo, esta figura ímpar! Muito obrigado!
Curioso, no mínimo, não?

Paz à sua alma.


(20 de junho de 2010)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago

Este ficará para todo sempre conhecido pelo dia em que, fisicamente, morreu Saramago... José Saramago. Escritor, elemento criador da palavra, pensador mas sobretudo um Homem.
Um Homem da sua gente, do seu povo e jamais das bacocas bafientas e asfixiantemente bolorentas elites que se julgam detentoras do poder como que por decreto divino.
Um Homem como qualquer outro elemento de sua espécie, constituído por defeitos e virtudes mas que não renegava ambas, com a mesma devoção e nobreza de carácter.
E muito ao contrário de algumas apelidadas elites, ele sim, um mui digno representante do país e dessa coisa - quase que mágica - que é o SER-SE português com orgulho.
Hoje, Portugal e o mundo ficaram muito mais pobres.
Mas sua obra e o seu pensamento se perpetuarão no tempo e tal como agora, mesmo daqui a 500 anos, será uma marca incontornável de Portugal no mundo, um verdadeiro ícone português do sec.XX, quanto mais não seja no universo literário mundial, a despeito das iluminadas eminências pardas de certos ex-secretários de estado da cultura e outros biltres que tais.
Hoje ficámos mais pobres porém o céu ficou mais rico... nele brilha mais uma estrela.

Revisitando Pessoa

Os três textos que se seguem - como todos os outros de minha lavra - não representam nada de significativamente relevante.
São apenas como que uma espécie de solilóquios interiores que, no caso destes, nasceram dessa coisa fantástica e sempre enriquecedora que é o revisitar a obra desse enormíssimo vulto universal que é Fernando Pessoa.
Obrigado pela santa paciência de me lerem :-)

"Lobotomiazinha"

Que vazias de tudo a maioria das vidas
que, na rua, se cruzam comigo,
têm assim parecido.
Qual esterco metafísico
se compõem de vaidades, futilidades, insanidades
e outras vanidades.
Que vazias de tudo a maioria das vidas,
que, na rua, se cruzam comigo,
têm assim parecido...
e quiçá também a minha?
Porém a minha sempre é fértil
em Sonho, Amor, Valores e Ideais.
Talvez por isso Existir...
parecer custar mais.
De forma crescentemente clarividente,
uma lobotomiazinha
assume contornos de solução... ideal.
Pois apenas sofre quem uso do pensamento faz.

Tal se me afigura como uma conclusão perspicaz! :-))



Revisitando o insigne Fernando Pessoa através do poema ”Bicabornato de soda” de Álvaro de Campos:

”Um internado num manicómio é, ao menos, alguém”

Um internado num manicómio é, ao menos, alguém...
eu sou apenas um “quase”...
não passo de um “quase”
fruto deste refinado e mui evolutivo estádio existêncial
de “estar entre”.
Sou um algo ou alguém
que está a meio caminho
entre a sanidade (mental, entenda-se) e a loucura.
Um algo ou alguém entre o lúcido e o louco.
Uma vasilha onde co-habitam,
numa simultaneadade nem sempre pacífica,
os contactos com a atroz, fria e crua realidade
e um enorme coleccionável de grandes imaginações fruto do sonho;
Um vulcão de profundas e densas emoções,
sejam elas de sorriso ou de lágrima ou ambas,
por vezes sem sentido algum,
originando que mal me saiba conduzir na vida
devido a este mal-estar de fazer pregas na alma.
Se ao menos endoidecesse de vez...
pelo menos não seria
um internado num manicómio sem manicómio, certamente,
não mais seria um“quase”.
Assim... estou assim.

Revisitando o grandioso Fernando Pessoa através do poema ”Esta velha angústia” de Álvaro de Campos:

“Filme” ou “Retrospectiva”

Lembro e relembro
o que fiz,
quanto fiz
e como fiz
na vida.
Pouco,
muito pouco
ou nada
alteraria na minha vida.
Tudo o que fiz
quanto fiz
como o fiz
fi-lo por inteiro,
sem limites nem reservas,
num acto desenfreado
de entrega total
sem o mínimo propósito
de ofender ou prejudicar alguém.
Todos os momentos do meu passado
ou a sua grande maioria
(fugindo a uma qq nesga de presunção)
são causa de sorriso estampado
nos lábios de um qualquer alguém,
por mais breve e leve que seja.
Todos os momentos do meu passado
são completamente desprovidos de falsidade.
Todos, sem excepção,
são plenos de intencionalidade
devoção, carinho, intensidade e identidade.
Certo que ao longo do caminho,
seguramente, como humano,
também errei.
Mas jamais com o intuito
ou propósito de prejudicar.
Acaso, em certas alturas,
se eu tivesse tido ou não tido...
se eu tivesse dito ou não dito...
se eu tivesse sido ou não sido...
se tudo tivesse sido ou não sido...
outro, provavelmente, seria
Eu,
o hoje,
o universo inteiro.
Mas não tive, não disse, não fui e tudo não foi.
Por isso sou o que sou. Apenas o que sou.
Em relação a outrém
não me sinto
nem sou mais,
nem sou menos
que alguém.
Seguramente serei diferente...
pois sou EU.
Amei, sonhei e fui,
inteira e convictamente.
E isso basta-me!

Revisitando o grandioso Fernando Pessoa através do poema ”Na noite terrível” de Álvaro de Campos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

10 de Junho

Segundo a designação oficial o 10 de Junho é o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Mas, este dia, apesar de ser dedicado à celebração da nacionalidade e dos valores nacionais - afinal de contas somos o país da Europa com uma língua única que nos une e com as mais velhas e estáveis fronteiras estabelecidas... fruto de uma férrea vontade e de um querer muito forte de estarmos e querermos ser um todo uno e indiviso - é, na minha perspectiva, algo muitíssimo mais do que isso; Ele é e deve ser algo muito mais abrangente e muito mais lato. O 10 de Junho é por excelência o dia da Lusofonia e da Lusitaniedade, essa característica única que nos distingue dos demais aglomerados civilizacionais e que ainda hoje se encontra vincadamente patente nos povos com quem mais de perto contactámos.
Somos um povo cuja identidade se revê nos valores da partilha, da comunhão e da entrega. Somos um povo fadista, de brandos costumes mas com um coração do tamanho do mundo. Somos acima de tudo aquilo que nos constitui: somos a alma, a saudade, o amor, o destino (fatalista) mas mais que tudo isto... somos a esperança. Somos feitos desta cósmica energia propulsora que nos impele para a frente, sem temor, em busca do sonho... mesmo quando a linha do horizonte apenas pouco mais é que o desconhecido e a neblina que o envolve... mesmo sabendo que poderá ter de ser efectuado com risco da própria vida.
Somos um povo de gente simples, hospitaleira - impregnado de um nacional porreirismo e de uma quase sobrehumana capacidade de desenrascanço - mas um povo que se afirma, sobretudo, pela generosidade.. que nos advém do tamanho da alma e do coração.
Claro que também temos defeitos, principalmente, as nossas “mui iluminadas” e ricamente tacanhas elites dirigentes que ainda hoje pouco mais fazem que vender às postas, aos “nossos amigos” do exterior, as nossas maiores riquezas apenas com o intuito único do proveito próprio - veja-se por exemplo, o histórico episódio de Viriato. Afinal de contas, isto não é só de agora, pois já no tempo dos romanos era um dado adquirido e tido como absolutamente fidedigno, algo muito curioso: “(...) lá, por terras da Lusitânia, há um povo que não se governa nem se deixa governar(...)”. Sintomático, não?
E se olharmos com um pouco de atenção para os nossos povos irmãos, em todos eles podemos constatar traços das qualidades acima descritas.
Por tudo isto, mais do que o usualmente tido pelo senso comum como o“Dia do Sangue” ou o “Dia da Pátria” advogo que o 10 de Junho deveria ser o “ Dia da Lusofonia e da Lusitaniedade”. E por falar em Pátria... uma vez que a minha Pátria é a Língua Portuguesa, nada melhor para celebrar o 10 de Junho senão com este perfumado exemplo, em "qintuplicado". Mas como este poderia, perfeitamente, jogar mão de outros tantos milhoes de exemplos semelhantes. A fantástica abundãncia da Lusofonia assim o permite.

De Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)"Poema do menino Jesus"
por Maria Bethânia


De Fernando Pessoa "O Mostrengo" por Paulo Autran


De Fernando Pessoa "Mar Português" por Paulo José


De Carlos Drummond de Andrade "Quero" por Paulo Autran


De Fernando Pessoa "Aniversário" por Paulo Autran

terça-feira, 8 de junho de 2010

" ...da alma e do sentir"

As rodas do avião anunciam que tocámos já o solo.
É uma sensação magnífica esta que me percorre as veias
ao ver-me de volta à inconfundível cidade luz.
Faltam-me as palavras para conseguir expressar
o quão feliz me sinto
por estar de novo junto dos “meus”,
aqueles que amo e muito estimo.
Como é bom sentirmo-nos assim abraçados com o olhar.
Qual doce brisa estival,
aquece-nos a alma... preenchendo-nos de vida.
Seu divino conforto não tem igual.
Supremo é o privilégio de ser alvo do seu carinho e atenção,
saboreando o néctar de sua presença.
Magnífica é a existência
quando colorida de momentos assim.
Amén!!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

"As noites sul africanas"

As noites sul africanas,
sinfonias de cor e de entrega ímpares,
de intensa magia e de amor sem fim
têm tanto de insubstituivel como de irrepetível
mesmo que durássemos 5000 anos.
Porém foram e serão infinitamente divinas
na medida em que
são parte de nós e nos constituiem...
como o amor que um dia uniu nossos corpos
e que será eterno
enquanto vivermos.

(Ao som de “Um ponto de luz” de Sara Tavares)

"As tardes da magia, do vôo e do encanto" ou "Sei-o porque nos cruzamos todos os dias"

(Sem sequer mencionar a magia das noites, das manhãs e das tardes,
mesmo quando fisicamente não estávamos sequer perto um do outro).

Não sei porquê mas o pôr-de-sol
tinha o especial condão de te colocar estampado no rosto
um tranquilo ar de felicidade suprema muito grande.
Pelo quarto ficava espalhada a luz do amor,
esse amor partilhado e que nos constitui,
que unia os nossos corpos num só.
Era assim a vida inteira.
Era assim o nosso amor.
Ao partir, o ritual repetia-se.
Abriam-se as janelas de par em par...
e ele se escapulia pelas ruas, pela cidade
inundado-a de um contagiante e primaveril aroma
de encantos mil, pleno de vida e de comunhão.

Eu sei que já lá vai,
tenho consciência plena disso e não o refuto.
Mas não é por causa do "já lá vai"
que elas deixam de ser boas, belas e inesquecíveis.
Por acaso até é daquelas coisas
que tenho imensas saudades...
O ver tua cara,
muito, inteira e completamente inundada
de uma felicidade plena
e que agora... ... ... e de há muito tempo
já não transportas no rosto.
(E sei-o porque, embora nem te dês conta, nossos olhares se cruzam todos os dias)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

"Intróito" :-)

Serve a presente introdução, à guisa de nota, para enquadrar os dois textos que se seguem, os quais nasceram da inspiração que fui buscar numa frase de Nietzsche “(...) E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam ouvir a música(...)” e num texto de Pompeu Martins que como é apanágio deste bloguezinho, se encontra devidamente assinalado no final de cada uma das “obras”

Huggs & Kissies
(é com dois "guês" porque são xi-corações) :-)

"Como nós"

Durante a tarde, como ao longo da vida,
vaguei pelo espaço
trazendo carinhosamente para o lado de dentro do peito
tudo quanto me fascinou,
tudo quanto de belo vi e se deixou ver,
tudo quanto me comoveu e me emocionou
mas sobretudo,
tudo quanto amei e se deixou amar por mim.
Tão só e nada mais que isto.
Mas este “isto”, nos dias de hoje, é... e soa a tanto!
E não vale de muito andarmos com grandes teorias
de modernidade e pós modernidade
ou outras insignes intelectualidades
pois o que há de poético e de futuro nisto
é o simples facto de estarmos vivos
e de possuirmos ainda a capacidade
de nos emocionarmos e Sermos
ao nos permitirmos essa mui ousada
e tresloucada teimosia de sentirmos
e de o querermos fazer até ao final do nossos dias.
Sei que aos olhos dos iluminados
tal não passará de uma mera e insignificante banalidade
mas significa muito para mim e para alguns ainda como eu.
- Temos pena!!!

E o verdadeiro milagre, no meio disto tudo,
é que no final do dia,
quando encostar a cabeça na almofada
por mais que sofra
por mais pressões de que seja alvo...
o sabor de ser assim
se torna ainda mais intenso e saboroso
dando ainda mais alento para continuar a sê-lo
amanhã e nos dias que se lhe seguirão.
E ao contrário do que alguns desejariam
não morremos... mas antes, continuamos vivos,
para mal de seus (iluminados) pecados.

Mesmo sendo pequeno nosso coração
nosso sonho é infinito...
libertando-nos assim das corpóreas amarras:
Nós não somos apenas do nosso tamanho
mas do tamanho do nosso sonho.
E isso mata-os por dentro...
apenas porque não ousam voar,
como nós!

PMM 16Mai10

Homem de "H" bem grande

Num Homem com “H” bem grande
ser criança ( e saber sê-lo com orgulho)
é a capacidade única que o define
mostrando-lhe as fronteiras do risco, da liberdade,
e do dia que há-de vir...
para continuarmos a construir,
para nos continuarmos a construir,
para nos continuarmos a reinventar
para nos continuarmos a surpreender
como nos surpreendiamos com a magia das coisas simples
como quando tínhamos tenra idade.
A terra significa chão...
e os pés assente nela por vezes
significa sangue, suor e lágrimas
pois o “nosso” mundo é sinónimo do que somos,
e ele por vezes colide por demais
com o mundo que nos cerca,
pondo assim à prova o quanto somos,
quanto valemos
e de que fibra somos feitos.
Mesmo quando, fisicamente, já não estando...
e só conseguimos ser apenas uma saudade,
no íntimo daqueles que reconhecem nossos atributos,
mesmo naqueles que não nos amam.

PMM 16Mai10

sábado, 22 de maio de 2010

“Ao entrar em casa”

(Dedicado ao meu Pai e à sensação que me preenche,
a cada visita minha ao Lar)

Já desaguou nesta sala a luz de repetidos verões,
sem que se tivessem apagado do espelho as imagens,
as Suas esperas e as Suas ânsias,
quando à tarde uma brisa corria
e, anunciando a noite,
a mesma luz que nos entardecia.

O espelho, esse sim, guardava a casa, guardava tudo.
Como hoje ainda guarda os tudos quanto teve.

Mesmo hoje, que o senhor já não está.
E ainda lá estão os verões, aquela sala
e os nossos nunca mais, à espera de um calor
que os faça ressurgir e aí o alcance
como só no coração de um velho espelho é possível alcançar.

PMM 24Ago09
(quase na íntegra)

P.S. Obrigado querido amigo Pompeu pela beleza tão grande e tão profunda de tuas palavras.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Somos um mundo... com Deus por dentro"

Somos um mundo com Deus por dentro
somos o sabor, o aroma, a presença
somos lábios, somos corpos, somos o luar
somos um mundo inteiro...
e temos tanto para contar.

Somos um mundo com Deus por dentro.
Somos o universo, um oceano ou um deserto
somos um beijo um sorriso ou uma lágrima
somos o Tudo... e o Nada.
Mas somos unos, plenos de vida e intemporais
quando nos habitamos um no outro
sem reservas nem limites

e até ao fim...

até ao fim.

terça-feira, 18 de maio de 2010

"Amar uma mulher" By Cátia e Mónica

Queridos amigos,
fazendo jus à principal característica deste nosso cantinho da net "espaço de partilha" venho hoje, fazer chegar até vós, algo que veio até mim sob a forma de comentário a um textinho recentemente aqui publicado mas que por motivos de ainda não ter recebido autorização das autoras para o editar, preservando assim a identidade do seu blog, resolvi por bem postá-la por forma a partilhar convosco a beleza do texto destas duas nossas amigas.
Espero que que seja tanto do vosso agrado quanto foi do meu.

"Amar uma mulher"

...Amar uma mulher
é amar um mundo
todos os dias diferente,
assim como é o tempo, ou até mesmo a Lua
mas acreditem homens, vale bem a pena,
pois cada "mundinho" destes,
é uma pura e agradável aventura
para quem o souber levar...

Cátia e Monica 14-05-10


P.S. Muito obrigado meninas

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Amar uma mulher

mAmar uma mulher não se trata apenas de gostar carnalmente dela no sentido físico e estritamente sexual.Pode até, aos olhos de alguns, ser gratificante mas afigura-se-me como algo demasiadamente redutor.
Para amar uma mulher não basta ser heterosexual, sexualmente hiperactivo, macho latino tipo “garanhão da dúzias”. Isso é gostar de sexo com mulheres. Algo que de um determinado ponto de vista até não deixa de ser louvável.
Contudo AMAR uma mulher é algo mais além...
.........................................é algo bem mais intenso e profundo.
Amar uma mulher é ter sensibilidade para penetrar no universo feminino e ficar deliciado com o modo como ela se move, como anda, como se veste, como se despe, como respira, como fala, como conta o seu dia quando chega do trabalho.
Amar uma mulher é ser um verdadeiro devoto do seu corpo, suas curvas sibilinas, seus seios, seu gesto, seu sorriso, seu olhar, sua mente, sua personalidade, sua alma.
Amar uma mulher é saber escutá-la pacientemente, é saber fazê-la feliz, fazê-la sentir-se única - cada mulher é um universo por si só.
Um homem que ama as mulheres jamais está preocupado em contabilizar quantas conquistou, seduziu e muito menos quantas conseguiu levar para a cama – isso não é ser-se Homem, é ser-se "contabilista" ou como "carinhosamente" me apraz chamar-lhes: “contadores de camas”.
Ser Homem que ama mulheres é preocupar-se com a qualidade do sexo, é saber se conseguiu cumprir com essa missão divina de as ter feito realizar sexualmente enquanto mulheres. É saber fazê-las sentirem-se deusas amadas na cama e na vida.
É fazê-las sentir que nos habitam a alma.
Amar uma mulher é penetrar o seu espaço, sua alma...
respirando-a, sentindo-a, trazendo-a para dentro de nós.
Amar uma mulher é saber devotadamente orar em seu corpo levando-a a alcançar edílicos lugares apenas pelo sonho tocados.
Amar uma mulher é amar cada pedaço do seu corpo e do seu Ser.
O grande Vinicius de Morais disse um dia “(...)para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro(...)”.
Amar verdadeiramente uma mulher é admirá-la, conquistá-la, seduzi-la, apaixonar-se por ela a cada dia como se fosse a primeira vez.
Amar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante como ser tocado por Deus. É algo que nos dignifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão; a dimensão da arte, da poesia, do Amor.
Amar uma mulher não é torná-la cativa mas sim libertá-la, admirando-a na sua insuperável liberdade como quem, extasiado, contempla o vôo de uma ave.
Uma das mais felizes formas de afirmar tudo isto que acabei de dizer encontra-se expressa nesse magestoso tema de Bryan Adams “Have you ever really loved a Woman” ou no tema “She” mundialmente conhecido na voz de Elvis Costello. Poderia muito bem mencionar tantos outros temas de tantos outros autores e cantores mas este dois reflectem muito bem tudo o que acima se encontra escrito. Longe de mim menosprezar a importância de um Tom Jobim, de um Vinícius de Morais, de um Brel, um Aznavour, de um Barroso, um Abrunhosa (Pedros), etc... e muito menos de um Leonard Cohen - que quanto a mim foi talvez um dos maiores e melhores a cantar as mulheres e o sentimento que une um homem a uma mulher.
Gostar de uma mulher é fácil. Amar uma mulher é muito mais que isso.

P.S. Um xi-coração do tamanho do mundo a todas as mulheres

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Porque o que é sereno também pode ser belo

Para os velhos do Restelo q dizem q hoje em dia em Portugal não se faz música de qualidade aqui fica este recente tema dos velhinhos "rádio macau", um grupo português de enorme sucesso nos anos 80/90.

Radio Macau "Cantiga de Amor"

Um pequeno momento de relax, descontração e algum sentido de humor :-)

UHF - Foge Comigo Maria

Os "Commedia a la carte" em Os Loucos de Lisboa (Ala dos Namorados)

Porque a Pátria da língua portuguesa minha amada é isto... e muito mais III

Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 7 de maio de 2010

"Um dia..."

Um dia,
fomos corpos... celestes
fomos lábios sedentos de vida
fomos entrega total, ínequívoca e inesgotável,
amálgama pura de energia indivisível,
fomos unos com o universo.
Um dia,
seremos apenas recordações
que apenas o coração sabe cuidar...
Um dia,
seremos 1sorriso / 1lágrima lembrando momentos
Mas seremos sempre eternos... porque
Um dia soubemo-nos amar!!!...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Quando me dou"

Quando me dou
jamais me dou apenas por metade.
Quando me dou é sempre por inteiro,
tem de ser por inteiro!
Doutra qualquer forma seria
um outro qualquer algo...
sem significado...
e por certo não seria eu.
Por isso, algumas vezes sofro
mas precisamente por ser assim
posso afirmar bem alto:
Eu vivo!!!

Talvez poucos poderão afirmar o mesmo!

Quando um dia o pano se fechar
poderei não ter conseguido alcançar
tudo o que queria,
quanto eu queria
da forma que queria...
Mas pelo menos vivi...
como eu queria!

Talvez poucos poderão afirmar o mesmo!

Longo ou curto,
com maior ou menor dificuldade,
o caminho foi percorrido
mas, seguramente,
foi intensamente saboreado.

Talvez poucos, um dia, poderão afirmar o mesmo.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

"Mãe"

(alusivo ao próximo dia 2 de Maio, este que abaixo se inscreve
é dedicado a todas as mães que lerem estas linhas,
mas perdoem-me se o dedicar em especial à minha...
que foi a fonte de inspiração).

Um dia foi corpo
foi desejo
sentimento, entrega e paixão...
foi una com o universo
e se deu.
Uma semente gerada em si,
fruto de um amor intemporal,
em seu ventre foi guardada.
Hoje, já homem,
sou testemunho e prova viva
de seu amor e seu zêlo.
Ao vosso Amor
devo o Ser.
Tudo quanto sou,
em grande parte a si o devo...
Muito obrigado
pela palavra, pelo carinho,
pela crítica e pelo incentivo...
na sábia e justa medida
do amparar os passos.
Ao seu lado,
aprendi, aprendo e aprenderei.
Em seu colo encontro conforto.
Por tudo isto
e o muito mais que as palavras não sabem dizer:
Obrigado minha Mãe !!!

Pequena oração ricardiana a Deus Pai

Quando tudo parece não mais fazer sentido
e a vontade sequer para respirar se esvai
és Tu que me dás força para me reerguer
e alento para caminhar.
Obrigado senhor meu Deus!
Sem Ti não seria,
nem teria...
realizado metade do quanto consegui efectuar.
Obrigado por mais um dia maravilhoso de Tua graça.
Obrigado por confiares em mim.
Obrigado por teres fé em mim...
quantas vezes...
muito mais que eu próprio.
Obrigado meu Deus!
Obrigado Senhor!!
Obrigado meu Pai!!!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

“O Combate”

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O mais importante na vida
não é as vezes que se cai
e se vai ao chão, ficando estatelado...
mas sim as vezes que nos conseguimos levantar
e dizer alto e bom som:
- Estou aqui!!!

Até porque cair...
é o primeiro passo para nos reerguermos!
(renascendo das cinzas, qual Fénix)

“Porque viver... não é só respirar”

Receio?
Receio de quê?
Se temos de morrer... e temos mesmo,
que morramos a fazer da vida
um momento altissimamente belo,
um momento poético de profunda serenidade,
de pura e intensa paixão,
sem reservas nem limites,
pleno de entrega e intenção,
conferindo-lhe conteúdo e sentido...
essa marca distinta do significado “Viver”.
(Até)Porque viver não é só respirar.

“Quando sorris o mundo se ilumina”

Deixa que te enxugue os olhos
não permitas que eles fiquem tristes

Deixa que te dê a minha mão
tens aqui um peito para te recolheres e chorar

Deixa que afaste de ti as nuvens
e por entre elas o sorriso do sol virá

Jamais esqueças:
quando sorris o mundo inteiro se ilumina

By Marina Alves

Este é um poema de uma amizade recente mas que se quer que seja para a vida inteira.
Um sentido agradecimento por um destes dias ela ter feito o favor de o partilhar comigo. Obrigado Marina por suas belas palavras.


Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

By Marina Alves

terça-feira, 20 de abril de 2010

Amor em Italiano

Pois é meus amigos(as),
vou-vos presentear com duas das muitas músicas românticas italianas
que não bastas vezes têm o condão de nos inundar os olhos.
Tenho a consciência plena de que, aos olhos de muitos de vós,
estou correndo o sério risco de parecer um lamechas de primeiríssima àgua - algo que até não andará muito longe da verdade no que a este temática do Amor diz respeito :-)
Aqui fica a letra da primeira canção; parece meio insípida não é?
Puro engano. Juntem-lhe a melodia, fechem os olhos e voem...
Oiçam, disfrutem e façam o favor de ser muito felizes.

"Io che amo solo te"
C'è gente che ha avuto mille cose,
tutto il bene, tutto il male del mondo.
Io ho avuto solo te
e non ti perderò,
non ti lascerò
per cercare nuove avventure.

C'è gente che ama mille cose
e si perde per le strade del mondo.
Io che amo solo te,
io mi fermerò
e ti regalerò
quel che resta
della mia gioventù.

Io ho avuto solo te
e non ti perderò,
non ti lascerò
per cercare nuove illusioni.

C'e' gente che ama mille cose
e si perde per le strade del mondo.
Io che amo solo te,
io mi fermerò
e ti regalerò
quel che resta
della mia gioventù

IO CHE AMO SOLO TE - Sergio Endrigo


Marino Marini - La Piu Bella Del Mondo


“Tu sei per me la piu bella del mondo”
Tu sei per me
la più bella del mondo
e un amore profondo
mi lega a te

tu sei per me
una cara bambina
primavera divina
per il mio cuor .

Splende il tuo sorriso
sul dolce tuo bel viso
e gli occhi tuoi sinceri
mi parlano d'amor ...

Tu sei per me
la più bella del mondo
e un amore profondo
mi lega a te
tutto ... tu sei per me!
---------------
Splende il tuo sorriso
sul dolce tuo bel viso
e gli occhi tuoi sinceri
mi parlano d'amor ...

Tu sei per me
la più bella del mondo
e un amore profondo
mi lega a te
tutto ... tu sei per me!

Simplesmente Tom Jobim

Eu sei que eu vou te amar - Tom Jobim e Vinícius de Morais

Não são precisas mais palavras. Basta escutar com o coração para alimentar a alma.
More words? It doesn't need more words. Try to listen with your heart and your soul will be completely full.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

"LUAR... saberás que é para ti"

Saberás que é para ti...
esta humilde demonstração pública
deste privilégio enorme e único
que é o poder contemplar-te como quem contempla a beleza das flores
e se extasia no seu perfumado aroma.
Esta é apenas uma mui singela homenagem
à beleza de tua aura,
a esse infinito imenso de sensibilidade sublime que é estar na tua presença,
ao quão profundadamente vivo me sinto quando estás perto
e ao carinho deste bem-estar que nos une.
És por natureza um poema e é assim que te sinto.
É uma honra imensa poder sentir-te. Tua sensibilidade e teu encanto.

Luar,
jamais importa o sofrimento e a angústia das partidas
pois tudo isso é irrelevante comparado
com a felicidade transbordante sentida
quando nos tornamos a encontrar... e a magia retorna.

Estou certo que serei apenas a voz de todos quantos te rodeiam.
És a magia, és encanto... és LUAR.

Porque a Pátria da língua portuguesa, minha amada, é isto... e muito mais II

Soneto da Fidelidade de Vinícius de Morais - 4 interpretações distintas
Delamado por Camila Morgado


Declamado por Vinícius de Morais


Interpretado por Maria Creuza e Vinícius de Morais


Interpretado por Rodrigo Costa Félix

Porque a Pátria da língua portuguesa, minha amada, é isto... e muito mais


Eis o esplendor de Fernando Pessoa através do poema "Da minha aldeia" de Alberto Caeiro.

"Da minha aldeia" - Alberto Caeiro
Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.

Alberto Caeiro in "O Guardador de Rebanhos"

sábado, 17 de abril de 2010

A propósito do semeador de estrelas

Gosto de pensar que
um pouco à semelhança do semeador de estrelas de Kaunas - Lituânia, assim sou eu com as palavras:
Um semeador de sentimentos e de palavras.
Apraz-me imenso semeá-las pelo mundo numa tentativa de o colorir.
Talvez esta até seja uma missão vã, contudo gosto de me convencer que é possível torná-lo um pouco melhor sempre que nos predispomos a emprestar-lhe um pouco do nosso melhor – os nossos sentimentos e emoções boas que nos constroem. É com esse fim que escrevo.
Sei que me falta muito quer em técnica, quer em qualidade quer mesmo no domínio da escrita.
Porém não me coíbo de o fazer.


Um dia mais tarde, como epitáfio, seria uma honra ter inscrito na minha lápide: “Aqui jaz um sonhador e semeador de palavras”.