Seguramente, há-de ter havido um tempo
onde nos amámos
e fomos inteiros e unos com o cosmos.
Não pode ser do nada ou à toa
que me invade este desejo intenso
de ser do teu corpo
e entregar-me nele como se não houvera amanhã.
Há-de ter havido um tempo.
Não pode ser do nada ou à toa
este impacto que tens sobre mim
e o desejo que me invade e me preenche
de ter a tua pele colada na minha.
Como é possível ainda sentir o teu calor.
Como é possível o desejo tão profundo
de um corpo que ainda não amámos
mas do qual temos a certeza absoluta
ser perfeito para nós
numa sede inigualável de sonho
como que de uma forma de a ele retornar se tratasse.
Seguramente, há-de ter havido um tempo,
pois, a avaliar pela tua linguagem corporal,
também sentes em ti o impacto da mesma situação
com a mesma intensidade e profundidade.
Seguramente, há-de ter havido um tempo.
Estou certo...
ou pelo menos quero estar.
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Esse blog me surgiu numa página que entrei como curiosa. E o curioso é que essa poesia me remete a um sentimento que tenho comigo por alguém que não conheço pessoalmente, mas que compreendo ter estado comigo em algum lugar. Parece coisa de doido!!!
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