CANTO D' ALMA

.
.
.
Um espaço de partilha de nós para vós e que pretende ser de todos nós.

Um local para usufruir e disfrutar da companhia uns dos outros num ambiente perfumado pelo aroma das artes.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

"Rose garden"

Rose garden,
esfera celestial,
estádio superior de existência
onde a realidade é pintada em tons de sonho.
Sinfonia das sinfonias.
Nele se cruzam a beleza das flores,
o canto refrescantemente doce das àguas
e o chilrear dos pássaros que povoam a mágica atmosfera.
Rose garden
é tudo isto,
e tudo mais que não sei dizer.
(parafraseando o poeta)

Rpt

Rpt

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

4

4

3

3

5 de Outubro

Neste dia três palavras se impõem: VIVA A REPÚBLICA!!!
Terá sido assim em 1910, muito provavelmente, que do varandim principal dos paços do concelho, em Lisboa, alguém terá dito de viva voz e pulmões cheios para entoar bem alto o feito político então alcançado.
Com todas as virtudes e defeitos que se lhe poderá apontar, a jovem República Portuguesa comemora hoje o seu primeiro centenário.
Porém, na sua maioria, os ideais que guindaram os seus obreiros - como os de todas as outras revoluções que tiveram lugar na mui amada Lusitana Pátria - continuam por cumprir. O país continua envolto no problema da dívida ao estrangeiro; nas dificuldades em encontrar gente séria devota da cousa pública e não do seu bolso e o dos amigos; nos problemas sociais que são mais que muitos, os pobres cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, enfim continua a pobreza franciscana em termos de mentalidade da nossa dita elite,vulgo classe de dirigente. Continuam-nos a vender às postas e ao desbarato aos interesses estrangeiros instalados, a troco de meia dúzia de benesses para meia-dúzia de iluminados... e o povo lá continua alegremente a fazer esforços sobrehumanos para pagar a factura e a dizer: yes man, yes man.
Mas que raio de república é esta onde os subjugados de sempre continuam, sem nada fazer, à espera da milagrosa chegada de uma alta figura da nobreza, el-rei D.Sebastião, para terminar com todas as injustiças e roubos de que continuamente têm sido alvo... e ainda hoje o são.
Pobre pátria esta.
Pela parte que me toca, por forma a fugir à enraízada contradição, como republicano que me orgulho de ser, esperar por esperar, prefiro esperar pela chegada da Sra. Brites de Almeida. Quanto mais não seja na esperança de, ao chegar, ela presentear com umas valentes “padeiradas” esta matilha de biltres que desde há 35 anos, tentando afogar os ideais de Abril, nos sugam o sangue e o suor do nosso trabalho, levando o país ao estado calamitoso em que se encontra actualmente.
VIVA A REPÚBLICA!!! VIVA A REPÚBLICA!!! VIVA A REPÚBLICA!!!

P.S. Associada a um voto de coragem e de confiança nas suas capacidades e inteligência, uma lembrança muito especial, neste seu dia mundial, para os professores, esses heróis anónimos do quotidiano que para além da tarefa hercúlea de terem de lidar com os alunos e seus respectivos pais ainda têm de aturar a arrogância, a ignorância e a incompetência dos jaquetantes senhores/as de fatinho, armados em doutoures, que proliferam no ministério da educação, qual manto de erva daninha em campo de cultivo.

Ao meu Tio Sebastião

Ao meu Tio Sebastião,
um Homem de “H” grande, de enorme carácter e espírito de sacrifício cuja vida não lhe foi fácil obrigando-o mesmo a dar provas da capacidade de superação humana em momentos da vida que podemos designar por madrasta.
A cada episódio, sabe-se lá com que dificuldade e com que energias, conseguiu sempre renascer das cinzas mantendo viva a chama dos valores da família.
Criou uma filha que era a luz dos seus olhos e que hoje é a grande mulher que todos conhecemos e adoramos. Foi pai e mãe apesar de todas as dificuldades inerentes a um homem perante tão hercúlea tarefa. Poderá até ter tido necessidade de aqui ou acolá de levar o joelho ao chão por forma encaixar os coices da vida e retemperar forças para depois se reerguer e retomar o caminho mas jamais virou a cara à luta e se deu antecipadamente por vencido.
Ao fim de sete décadas, muito a contragosto, com o tanto que ainda tínhamos para conversar e eu tanto ainda para aprender com ele, acompanhei-o à sua última morada em 11 de Setembro último.
Paz à sua alma em seu eterno descanso.
Estou certo que o meu pai estaria às portas do céu de braços abertos a recebê-lo para mais uma das fraternas cavaqueiras em que se deleitavam nas solarengas tardes, dos agradáveis fins de semana em família, às quais, extasiado, assistia por alturas da minha infância e que ainda hoje me habitam.
Saudade eterna em nossos corações.