CANTO D' ALMA

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Um espaço de partilha de nós para vós e que pretende ser de todos nós.

Um local para usufruir e disfrutar da companhia uns dos outros num ambiente perfumado pelo aroma das artes.

terça-feira, 22 de junho de 2010

“Ainda Saramago”

Uma lágrima cai
pela morte de um homem
sob uma chuva de flores.
É assim que no último dia da primavera, em Lisboa,
a humanidade de se despediu da carme
dessa figura insigne da literatura mundial
que foi, é e será... José Saramago,
português convicto e cidadão do mundo.
Artífice da palavra,
voz do povo, dos que trabalham e sofrem,
consciência incómoda
desses exímios especialistas na arte da feira das vaidades
que insistem em viver, qual sanguinários parasitas,
dessa classe “menor”
que pressiste nessa mundana superior virtude
que é viver do suor e do esforço do seu trabalho.

Eram 16:00 de mais um dia da história da humanidade...
mas há dias que nos marcam para sempre.
Sob a bandeira portuguesa,
um corpo ruma à eternidade
envolto num mar de palmas,
em jeito de agradecimento e louvor,
com que os anónimos e não anónimos
o saúdam à sua passagem.

Das milhentas declarações expressas esta tarde, retenho uma
provida de palavras
que não constam do diccionário intelectual
do senhor presidente da República Portuguesa.
Trata-se de uma senhora espanhola,profundamente emocionada, que tem esta afirmação espontânea espantosa:
- Obrigado a Portugal por nos ter dado, ao mundo, esta figura ímpar! Muito obrigado!
Curioso, no mínimo, não?

Paz à sua alma.


(20 de junho de 2010)

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