(Dedicado ao meu Pai e à sensação que me preenche,
a cada visita minha ao Lar)
Já desaguou nesta sala a luz de repetidos verões,
sem que se tivessem apagado do espelho as imagens,
as Suas esperas e as Suas ânsias,
quando à tarde uma brisa corria
e, anunciando a noite,
a mesma luz que nos entardecia.
O espelho, esse sim, guardava a casa, guardava tudo.
Como hoje ainda guarda os tudos quanto teve.
Mesmo hoje, que o senhor já não está.
E ainda lá estão os verões, aquela sala
e os nossos nunca mais, à espera de um calor
que os faça ressurgir e aí o alcance
como só no coração de um velho espelho é possível alcançar.
PMM 24Ago09
(quase na íntegra)
P.S. Obrigado querido amigo Pompeu pela beleza tão grande e tão profunda de tuas palavras.
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Bonitas palavras as tuas.... Um beijo imenso desta amiga que á muito não te vê!!!
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