O amor fino não busca causa nem fruto. 
Se amo, porque me amam, tem o amor causa; 
se amo, para que me amem, tem fruto: 
e amor fino não há-de ter porquê nem para quê. 
Se amo, porque me amam, é obrigação, faço o que devo: 
se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo. 
Pois como há-de amar o amor para ser fino? 
Amo, quia amo; amo, ut amem: 
amo, porque amo, e amo para amar. 
Quem ama porque o amam é agradecido. 
quem ama, para que o amem, é interesseiro: 
quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, só esse é fino.
Padre António Vieira
P.S. E é desta forma, aparentemente simples, 
que se indica como trilhar o caminho da Luz
e se faz quedar mudos os iluminados amantes da douta sapiência,
insigne artíficie, mestra em reduzir tudo a pouco mais
que à mera abjecta materialidade das coisas.
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O Padre antónio Vieira é único.
ResponderEliminarObrigada por me dares a conhecer estas palavras sábias.
Beijos